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quarta-feira, 14 de julho de 2010

MESMO DE FÉRIAS, ESTAMOS AQUI!


UM BLOG QUE CRESCE

O Verão vai pegando fogo e o blog também ferve nesses dias de julho: chegamos aos 113 seguidores. Valeu, Mestre Sika e Fabrício Coelho Carneiro.


VERÃO

O Corpo e Bombeiros de Abaetetuba divulgou um balanço parcial da Operação Verão nas Praias do município.

Nas praias de Beja e do Guajará de Beja foram registrados três casos de afogamentos, sem vítimas fatais.

A maior incidência é de pequenos acidentes com objetos perfuro-cortantes, com nove ocorrências.

Quem olha, assim, pensa que está tudo às mil maravilhas. Neca, neca. No último domingo, houve briga no final do dia em Beja. Ainda bem que o esquema de segurança está atento.

É bom ir com calma, gente. Ainda teremos mais três finais de semana pela frente.
A programação oficial do veraneiro em Beja só termina no dia 1º de agosto.



A IGREJA CAIU


Ainda ontem não haviam sido removidos os entulhos do que restou do telhado da igreja de Nossa Senhora do Carmo da Colônia Nova, no km 7 da PA-151.

O templo estava passando por reforma e ampliação e deveria ser reinaugurado no domingo (11), com a missa de abertura da festividade da padroeira da localidade.

Por isso, no sábado (10) foi realizado um mutirão para os últimos ajustes na obra. Trinta pessoas trabalhavam no local.

De repente, as paredes recém-construídas começaram a ceder, provavelmente, sob o peso da estrutura do telhado, que deveria suportar cinco mil telhas cerâmicas.

Tudo ruiu, levando junto as dez pessoas que trabalhavam lá em cima. Oito ficaram feridas, sendo que duas em estado grave.

Para o pedreiro José Dias, "foi um milagre não ter morrido ninguém". Ainda emocionado, até por ser morador da área, ele disse que "tudo aconteceu de repente, sem nenhum tipo de ruído, aviso, nada".

A igreja de Nossa Senhora do Carmo começou a ser construída em 1964 e levou dois anos para ser concluída, no dia 13 de maio de 1966.

A abertura da festividade, que deveria ser em grande estilo, foi adiada para esta sexta-feira.

Até pelo clima de tristeza que se intalou na localidade, o início da festa religiosa se dará de uma forma bem mais modesta. O bispo D. Flávio Giovenale celebrará uma missa no local.



VIOLÊNCIA



Os mototaxistas de Abaetetuba voltaram a promover mais uma manifestação nas ruas de Abaetetuba.

Foi ontem pela manhã, durante o enterro do mototaxista Lucielson Correa Faial, que morreu na segunda-feira, depois de permanecer internado por quase um mês na UTI de um hospital de Belém.
O rapaz, de 23 anos, havia sido vítima de um assalto, no qual acabou gravemente ferido.

O mototaxista saiu de casa para trabalhar no dia 15 de junho. No bairro de São Sebastião, ele apanhou um passageiro e, a pedido deste, uma outra mulher que esperava mais adiante.

Os três seguiram até o ramal do Tucão, a pouco mais de um quilômetro do centro da cidade. Alí, Lucileson descobriu que seria vítima de um crime.

A dupla anunciou o assalto. Mesmo implorando por sua vida (segundo relatos da própria vítima, ainda no hospital), Lucielson foi baleado e esfaqueado.

Mesmo ferido, o rapaz conseguiu correr até a entrada do ramal e, na rodovia, conseguiu ajuda.

Acabou entrando nas estatísticas das vítimas fatais da violência desenfreada que grassa por todos os lados.

A moto foi encontrada em uma casa abandonada na ocupação da Ultralar.

A polícia civil informou que está investigando o caso.

2 comentários:

  1. Saudade e Tristeza, ao mesmo tempo, são sentimentos que me acometem quando vejo coisas acontecendo nessa terra tão amada: 03 momentos distintos, férias, violência, tradição.
    Violência: Achava que nunca ia chegar até nossa cidade, no nosso tempo (frase pai d’égua!!!), tínhamos ladrão de galinhas, de roupa no varal, de botijão de gaz, havia mortes mas não com violência e constância de hoje em dia. Tínhamos o contrabando de wiski, de coisas importadas, depois veio o cigarro, depois as drogas. E com isso chegamos “mudernidade”, infelizmente.
    Tradição: Abaetetuba é conhecida como uma das cidade que mais realiza procissões com festa religiosa do Brasil, senão a campeã. ( Éééééé’gua, vois micê sabia disso ????). E essa religiosidade faz de todos nós, nascidos nela um pouco responsável por rezar mais por ela e pelo mundo, para ajudar a mudar a situação descrita no parágrafo acima.
    Férias: Lembro de vários domingos, mesmo fora das férias, meu pai, o seu “Zé Amadeu” avisava:
    - No domingo vamos pra Beja !!!
    Era uma festa, eu e meus irmãos, Norminha, Jaro, Mango e Lico ( o caçula Pedrinho nasceu em Belém) procurávamos os brinquedos, bola de borracha (remendada), vasilhas de plástico velhas ( não havia os kits/praia de hoje em dia) para brincar e fazer castelos de areia .
    A Prof. Norma (nossa mãe) preparava as comidas, parecia que o Exercito Brasileiro ia fazer “Operação Selva”. Sanduíche de ovo e ou mortadela,farofa, galinha assada, uma duas dúzias de “ovo cozido”, camarão para assar na folha seca do açaizeiro, carne para o churrasco e muito Guaraná Amazônia, Kisuco e água potável. Juntavamos tudo isso, saíamos 06:00 da manhã (para chegar e voltar cedo).
    Pegávamos o ônibus da São Jorge, em frente a casa do meu saudoso bisavô Bertoldo que morava ao lado da casa de meus, também saudosos, tia Guiomar e do marido Davi. Perto do Cruzeiro.
    “Umasoras”depois chegávamos a praia, tínhamos um lugar tradicional. Era uma cabana que ficava um pouco antes da “Maria Coroa”, ali meu pai armava sua rede (“disque”pra vigiar melhor a gente!!!), minha mãe arrumava as coisas, e a gente não queria saber de mais nada. Ouvíamos histórias sobre “ferrada de arraia” mas o medo demorava até descermos do ônibus, em frente a igreja da Vila de Beja.
    E era um domingo inesquecível, brincar/comer/brincar e as vezes correr atrás de tralhoto. A volta era mais tranqüila, as vasilhas vinham vazias (em compensação a barriga...). Mamãe e papai agasalhavam a “ninhada” nos bancos e voltávamos dormindo para Abaeté. A noite começava o martírio pra dormir, parecíamos os camarões que mamãe assava, reclamávamos, mas o cansaço vencia e todos dormiam felizes para que pela manhã fossemos mostrar nossos “bronze”no São Francisco/INSA/ e Magalhães Barata.
    Naldo obrigado pelo blog e pela oportunidade de refletir e recordar. Vou ver se consigo um final de semana de Julho para fugir das montanhas de Carajás e ir matar saudade de Beja, com minha “prole”.
    P.S. Lembra dos dois caboclos???
    - Tu me ama ???
    - Te amo !!!!
    - Tu me ama “mermo”???
    - “Craro” que sim !!!!
    - Então me “beja”, me “beja”!!!!

    Jajá

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  2. Infelizmente é assustador a onda de violência que se instalou na cidade, e olha que já tem algum tempo que a população convive com esse mal que cada vez mais toma proporções maiores para vitimas, familiares, população e até na mídia nacional que tem prato cheio para mostrar nos tele-jornais fatos de violência e de pessoas resolvendo as coisas com as próprias mãos. Muito triste de se ver, ler e ouvir.
    Só quero abrir um parêntese para o que acabei de ler no comentário acima, achei muito rico essa texto e me lembrou muito a minha infãncia, me identifiquei com a narrativa do passeio de domingo a praia de beja. Bons tempos.
    Naldo, mais uma vez obrigada por tudo isso.
    Um Abraço!

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